Acarom da Brêtema

 

Escolma

 

v1jacorraliglesiasacaromescolma.html
Quén dera ser nao senlleira!
FERMÍN BOUZA BREY


Hei-de ficar em ti, meu amigo
para ser anainar
nas xerfas

e ir-me logo
no devagar das ondas.




Ese marmurio de chaves pola noite.
MIGUEL GONZÁLEZ GARCÉS


No abissal fundo dos oceanos
lá, onde mora a noite,
                                   estou,
e ancorei-me na fenda
aberta da terra
ao quentor da luz,
para as roseiras vermelhas do seixo.




Galga no mar; en rexa orzada
o aceso sangue das farolas
EDUARDO BLANCO AMOR


Em que anco te encontrarei
depois de virar todos os mares...

Como lua de janeiro
afundim-me
                    na ardora do dessacougo
e a agrura do meu sorriso
cegou os olhos da seca friagem...

nem as pretas fauces do caimán
fôrom quem de esnaquizar
esta tristura que me azorroa.




Eu vivo
nos bairros escuros do mundo
sem luz nem vida.
AGOSTINHO NETO


Cheguei mendigo às portas
de todos os portais, e ninguém
pousou esmola
nos meus olhos náufragos.




Os xeonllos resisten aínda.
RAFA VILLAR


triste vem o vento a nos traguer lôstregos
o céu abre-se...

para nos guindar cal viva
nos olhos

e sem alaridas
caimos no buraco da antimatéria.




Descoñecido heroi das xestas sin rapsoda
vas deitado no mar, que é teu escudo.
EDUARDO BLANCO AMOR


O meu corpo é a cicatriz
onde navegam todos os vaguios
e prenhado pola luz da tolémia
eivo os furacans
que marcam as horas dos infernos
ao som
de nubeiras trombetas.




Foron
morrendo os soños, as cocañas, as espermas e o arroz con leite.
X. L. MÉNDEZ FERRÍN


plantei cerdeiras novas na cuinha baixa
para lembrar con elas
as primaveras onde ti estavas.

 

 

 


logoDeputación logoBVG © 2006 Biblioteca Virtual Galega