Eu som a sequela deficiente

Ramiro Vidal Alvarinho

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Eu reciclo paixons animais

A minha animalidade, defidiente, obscena, enferma
Genéticamente bastarda
É umha sucessom de dias traslúcidos

É umha repetiçom de cenários sórdidos

As minhas cançons som sub-poesia entranhável
As flores de um Maio enfermo
Que, utópico, faz nascer rosas no cemitério nuclear

Eu som filho da desesperança,
Criatura deforme da civilizaçom.

Moro na estaçom de comboios
E as minhas horas som curvas
Da memória comatosa

A minha cidade é o cúmulo de viagens que já nunca vou fazer.


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