O comboio

Breizh Agha

n3breizhaghaocomboio.html
O comboio, animal asmático
Introduz-me na boca da besta
E eu revivo
A fisonomia vertiginosa dos arrabaldos.

O meu diálogo interior é com um sujo vinilo
Que tem tatuados os riffs daquele combate
Que um dia tivemos com a puta que pariu o mundo

Aquela épica que hoje já
apenas se conserva
 em nebulosa

A besta, bebedora de azeite
 industrial, hoje é um cadáver
onde moram

Dúzias de miles de missérias

Tu que foches a minha caverna
 e a minha deusa assassina

Hoje és umha seca bosta de
 vaca infectada de glória
 ressessa e sem sentido

E eu fago skate-board num
 metálico lóstrego que lambe,
 provocador, com lascívia

Os muros que chucharom a
 nossa juventude

Como saudando fachendoso
Umha parte mutilada do meu
corpo


logoDeputación logoBVG © 2006 Biblioteca Virtual Galega