2004

Senlheiro

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(2004 cara atrás: o Sonho arrincado numha rua podre)


                                                                  Grolo:

Vivimos em burbulhas de gelatina
Enfrontados contra os chanzos inclinados
Recordo é umha rápida Vasoira velha
Todo isso que se dilue no ar
Um rego que desfai os Cala-frios

                                                                  Coador:
A Dictadura das linhas calculadas
Crias nas Emoçons Fortes (marca registada)?
Juntos apagamos as arelas
Da-me o teu Segredo-Ronquido

                                                                  Néboa líquida:
A Fugida é Fonte
Deixaches umha lámpada rota
Sumidoiros construidos para vomitar-te
Rotondas
Todas as ruas juntas nom podem abrir-se de pernas quando passas
Caeu a Estrela do teito
Outra vez os paxaros para mim só, e refúgio-me
Cum pelizco desfago a tua sombra

                                                                  Reconhecer-te:

Todo um mundo em escasos metros quadrados de cemento
E ti querias pechar-me nele?
Somos Valor-Diminuido
Baixo os garavatos de arámio e bridas
Pegadas difusas, tortas, apagadas
Ogalhá existisse o Faro...
Buscamos a Fecundidade do mar e a morte do vento ennegrecido

                                                                  Flores de Namorar:

As folhas estalando ao correr polo Bosque dos Espelhos
Precisa(va)mos Tinta láctea Contos salgados
Trampas dos ratos que se nos esquecem nalgum recuncho do corpo
Os cadelos engolindo o Céu
Lembra as pixeles do nosso medo
Perguntas de lama
Pele de galinha dos edifícios
Amortigua(va)s os menceres


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