(Home)

Senlheiro

n3senlheirohome.html
O seu era um ranhacéus de cisco e vermes,
aquela escada de esperas,
umha cisterna
que era a chúvia derradeira dos dias.

Ás vezes,
cabalgava as néboas
abaneando o final dos caminhos
e agromavam flores para cada orquestra,
umha utopia de beijos caindo sobre a idade
e os graus.

Chamaro-no príncipe das carantonhas, mas era soldado
que desfilava polos buracos e as noites das palavras.
O seu era o rostro rosado e a espalda
aterecendo,
era um baile simpático e sinistro, eram orgias
entre sombras e ánsias,
um andámio enferruxado que emerge no mundo e tropeza.


logoDeputación logoBVG © 2006 Biblioteca Virtual Galega