Ela, como sempre...

Sabela

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     Ela é quem nom dissimula. Ela é [S]. [S] é ela.
     Andava ao seu ar, sem importar-lhe o que el, eles, elas dixessem, fazendo caso omisso das advertências paralelísticas sem forma de U. Caminhava polo peirão procurando palavras levadas polo vento, filha de confesons marítimas de cor azul, vermelha e branca, Claro que nom era importante se ia sol, ventou ou chuva, ela passeava e passeava, esquecendo os deveres e trabalhos que a sua agitada vida lhe obrigavam a cumprir. Os horários, esses malditos limites ilimitáveis eram a sua cruz. Nom era quem de acatar-se por um horário flexível, e menos por um estrito. Se calhar o que nom botava em falta da sua anterior vida era a agitaçom inicial das aulas pré-escolares, onde o ambiente era insufrível, tam monótono e ensurdecedor.
     A submissom que eu conhecia correspondia simplesmente à estabelecida polo governo repressor. Já nom se cheiravam polas ruas o perfume saboroso da subversom; aroma afrodisíaco para os adolescentes em plena maduraçom sexual.
Engraçado é olhar como tropas colonizadoras os tenhem a tod@s aprisionados na sua mentira. Os meninos já nascem com umha faixa nos olhos que eles se negam a tirar, como se a verdade relativa, como a luz solar, lhes fosse deixar cegos permanentemente. Que triste é a vida destes humanos! Que triste é a vida de robots!
     Nom chores, berrava umha menina ao seu parceiro de aula. O menino tinha a venda meia caída e já começava a ter a cela descoberta. Que terrível drama!
Ela sonhava com a paixom. Oh! Que horror! Paredes tingidas com sangue operária, debuxos satânicos, meu Deus! O seu sonho era o único revolucionário que ficava na galáxia. Ela pujo-se no chão, apertando os seus joelhos ao peito, tentando ocupar o mínimo espaço possível, tremia de frio, com certeza ia frio de caralho. As imagens satânicas e angelicais sucediam-se no seu cérebro, sentia punçons atravessantes no estômago. Imagina o que sentirias se o internacionalismo proletários che passasse acima del. Nesse sonho, o quarto da paixom estava habitado por fantasmas do quinto hemisfério, licenciados em Belas Artes pola Universidade dos SE (Santos Espíritos). As luzes vermelhas ?tipo puticlub? lembravam ligeiramente a Grécia, às orgias gregas civilizadas e aos deuses romanos. Nom sabia por que. Seguramente fosse pola revista patronal que viu naquela cafetaria italiana e associasse ideias. Realmente naquel momento lhe dava bastante igual.


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