Nom tenho ganas,
nem forças, nem imaginaçom como para inventar-me motivos polos que
luitar. Nom tenho aspiraçons na vida, tampouco estou contenta com o
actual. Que fazer?
Quando esperto polas manhás nom há polo que
erguer-me, nem polo que sorrir nem polo que chorar. Umha vida de
indiferença. Boto muito de menos a aquel raparigo. Como gostaria de que
me quigesse como nunca o fijo. Quero estar contenta, feliz! Nom é que
nom o poida ser sem el, senom que era umhas das poucas razons pola que
sorria, com as que sonhava. Mas dou-me boas ostias. E bem dadas.
Tinha ilusom. Um calafrio me percorria o corpo
quando me dizia que me queria, mas todo era umha léria, umha mentira!!
E para que lamentar-se? Para nada!! Agora já
está todo feito! Total...
Nom o vou recuperar, tampouco o quero de volta.
Só ia sofrer.
Sinto como se me fosse objeto de burlas. Por um
lado este e o outro fazendo o parvo comigo. Sinto rábia. Muita rábia.
Nom o queria, verdadeiramente. Só era umha espinha cravada no coraçom,
nom muito mais. Penso quanto figem o ridículo...!
E há tam pouco polo que dizer quero viver..!!
|