Na Casa de Deus, o exército
sinistro
De automatas
Os regimentos da brutalidade obscura
Com os seus ministros à cabeça
Fervem o ódio milenário dos caridosos
Muitas noites de frio e medo, muitos dias de fame, muitas guerras a
arrassar naçons inteiras, muito amor de Deus e muita rapina
A castraçom de Europa, a postraçom do ser humano.
A perda da soberania das mentes. O salmo delirante da vossa virtude
putrefacta. A morte de um judeu convertida numha orgia desenfrenada e
macabra.
Quem liquidara a vossa abjecta tradiçom.
A cristiandade é um cântico grotesco numha noite da humanidade. Um
delírium tremens.
Um abismo de sangue e santidade perversa.
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