O porto da tua face

Ramiro Vidal Alvarinho

n3ramirovidalalvarinhooportodatuaface.html

O porto da tua face à luz do gas é o melhor naufrágio para a minha sede.

Eu procuro paz em ti se os teus faros me abrem o cantil no que já quero ir morrer.

O frio da noite inunda-me e já nom posso…


Ao final da obscuridom, sei que estám os teus olhos
Mas a noite enveste e me afunde,
A noite enveste e me afunde,
Enveste e me afunde…
E me afunde…


E quero ganhar a costa, com tanta noite fria a abalar o meu pobre pailebote

E a tua face ao fundo, alá longe, tam confusa…


E eu navego e me debato a procurar um sinal… e nom sei se chega…

Promete-me que vai amanhecer…
E que daquela hei chegar…
Àquele porto anseiado.



logoDeputación logoBVG © 2006 Biblioteca Virtual Galega