Oraçom laica para a virtude

Ramiro Vidal Alvarinho

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Queria saudar-te de novo, meu vento de liberdade. Petar na tua janela de chúvia clara. Respirar a tua alba limpa de Dezembro. Adivinhar o coraçom nos teus olhares. Dessenhar a ppalabraliberdade evocando o teu alento. Beber néctar minerval pronunciando o teu nome. Tu, regalo de poetas, santuário de beleza. Tu chegaste enviada polos druídas do frio. Tu chegaste a mim do profundo do bosque.Desejo de frescura nobre e selvagem para espíritos rebeldes. Quem puidera conhezer a entranha da flor que teceu o teu ser, mel de força vital. Quem puidera ter-te alumeando os horizontes. Para que lhe deras música a amanheceres e solpores. Quem puidera peregrinar à tua luz. Para fundir-se nela e fluctuar em festa sensual de caos apolíneo. Quero ser partícula que dança no teu tempo e o teu espaço. E agora, aceita-me, mergulhado nas tuas águas, contemplando-te sequência do tudo, universo da virtude, arcádia de paz e harmonia. Nadarei os rios de seiva, sumo de serena paixom deífica, nom preciso sequer o teu sim.


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