Sem título

Senlheiro

vn2senlheiroesperar.html

Esperar, e caer dumha suma
sem que a sombra me fosse comendo polos pés,
e ficar coa glucosa em zero, coas bágoas sublinhadas,
como as agulhas de relógio que cravavas nas asas e agora
quase farto das saídas de emergência dos quadradinhos,
como um iceberg deambulando cara o trópico mais adentro.
Onde nos vimos
nom havia nem beleza de cartom
tanta epilepsia 
na paisagem de farúmio, tanto dentrífico.
Embora nom sejamos arqueólogos de nós mesmos,
(o céu nunca foi nosso, mas si o fôrom
as parênteses das unhas comidas)
eu lamberia-che as pegadas de sumo,
aperfeiçoaria-te
como umha cascuda famenta a escuridade,
como um turista do medo bêbedo,
onde nom nos borrassem os flashes.


logoDeputación logoBVG © 2006 Biblioteca Virtual Galega