a minha soedade é uma constante em milibares,
um remorso
uma gaiola de varas de fumo
a minha soedade é um teléfone analógico
sem memória
com a roda-moia inamovível
e umas direções isoladas em cada vértice do desserto
naqueles dias era eu o epicentro
naqueles dias idos
um rouquêm insensato que se amostrava virginal mulher
no meio epicêntrico da multitude
na equidistáncia da farándula
depois eu caminhava pelo mundo
com meu fardelo pessaroso
até que meus pês eram frango
do que as gaivotas ingirem
com os outros restos da mareia
Também na mareia
se me estraviárom as conversas
e mais o norte
somentes permanecérom já os sões da maquinária
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