A maquinária

Óscar Delís

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a minha soedade é uma constante em milibares,
um remorso
uma gaiola de varas de fumo

a minha soedade é um teléfone analógico
sem memória
com a roda-moia inamovível
e umas direções isoladas em cada vértice do desserto

naqueles dias era eu o epicentro
naqueles dias idos
um rouquêm insensato que se amostrava virginal mulher
no meio epicêntrico da multitude
na equidistáncia da farándula

depois eu caminhava pelo mundo
com meu fardelo pessaroso
até que meus pês eram frango
do que as gaivotas ingirem
com os outros restos da mareia

Também na mareia
se me estraviárom as conversas
e mais o norte


somentes permanecérom já os sões da maquinária


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