Existe umha casa pardieira
que lilacíneos ocasos tingem de cor sangue.
Chegada a noite, efebos fugidos de algum conto
acarinham luminárias
entanto
a lua
lambe os seus pubes dourados e o seu riso.
É a casa de sombras que A. habita com os seus medos.
Nas noites de candeias acesas
o anfitriom recebe.
(Ninguém sabe dos seus jogos,
exílio,
senhardade).
Hai grandes aranhas, recíprocos espelhos, sinais remetentes a outros
tempos
e tamén quartos balorentos, pútridos, fedentos;
de cidade industrial hai dous estúdios com posters Delaunay, Riley e
rock
quem os visita?
Estáncias todas que afogam berros de sábado e arquejos, onte titila o
corpo.
|